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Profissionais ligados a conservação sugerem melhorias na gestão e administração das áreas de cons...


Durante o acto de lançamento da Área De Protecção Ambiental de Maputo (APA) no dia dezanove de dezembro do ano passado, diversos profissionais ligados a conservação, apresentaram sugestões para a melhoria da gestão e administração das áreas de conservação no novo ciclo de governação. Das sugestões apresentadas destacamos as seguintes: i) promoção de maiores investimentos nas áreas de conservação; ii) fortalecimento das condições criadas nas áreas de conservação; iii) garantir maior formação do capital humano; e iv) aumento das áreas protegidas.


No decorrer da secção de abertura o ambientalista e técnico de Ministério de Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER), Carlos Serra esclareceu que a APA é uma área de domínio público que promove a interação harmoniosa entre actividades humanas e a natureza, permite o uso múltiplo de recursos geridos de forma integrada e incentiva o desenvolvimento que beneficia e promove serviços ecológicos para residentes e vizinhos.

A APA de Maputo integra dentro dos seus limites a Reserva Especial de Maputo, a Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro e a Reserva Parcial da Ilha da Inhaca. A iniciativa visa potenciar a gestão integrada da paisagem com qualidade e estética, ecológica, cultural e específica, excepcionais no distrito de Matutuíne e Ilha de Inhaca, espera-se que a nova área de protecção incentive o desenvolvimento de actividades que promovam serviços ecológicos.


O Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Celso Correia afirmou que a declaração desta área marca o fim de um ciclo governativo, e simboliza as conquistas do Governo na preservação e conservação ambiental.


Em relação as sugestões apresentadas, a falta de capital humano é um aspecto crucial na gestão e administração das áreas de conservação, torna-se cada vez mais saliente há necessário ter mais técnicos formandos, e com conhecimento para garantir uma conservação efectiva dos recursos que o país possuí (veja a intervenção do biólogo marinho, Marcos Pereira….. link do youtube)


Ainda durante o evento, foi levantada a questão de falta de harmonia entre as comunidades e os fiscais que trabalham nas reservas, nota-se há necessidade de fortalecer a ligação entre estes dois grupos para que as comunidades sejam parte integrante do processo de conservação dos recursos que os rodeiam.

Moçambique tem o grande desafio na consolidação das diferentes áreas de conservação, que representa neste momento cerca de 26% da área terrestre do território nacional, e a busca permanente de fontes de financiamento para estas áreas deve aumentar visto que os rendimentos próprios dos parques e reservas, não são suficientes para suportar as suas despesas de funcionamento.


Recordem-se que a Área de Protecção Ambiental de Maputo é a segunda área a ser declarada em Moçambique, a primeira foi declarada em 2012 e engloba as ilhas primeiras e segundas. As áreas de conservação, são dirigidas pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), tem sob a sua gestão sete parques nacionais, nomeadamente Quirimbas, Gorongosa, Mágoè, Bazaruto, Limpopo, Zinave e Banhine, e dose reservas nacionais, sendo Niassa, Gilé, Marromeu, Lago Niassa, Chimanimani, Pomene, Malhazine, Ponta de Ouro e a Reserva Biológica de Inhaca, a Zona de Protecção Total de Cabo de São Sebastião, e a Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas. Encontram-se, igualmente, no quadro de gestão da ANAC outras categorias de áreas de conservação, como é caso de coutadas oficiais e fazendas de bravio destinadas ao desenvolvimento do turismo cinegético como também as três Áreas de Conservação Comunitária de Mitchéu, Tchuma Tchato e Chipanje Chetu, e as Reservas Florestais.

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