Teve lugar no dia 27 de Abril no Museu da História Natural, em Maputo, o lançamento do projecto denominado Clima de Mudanças: Caminho para criação de reforço de uma geração ambiental consciente em Moçambique. A iniciativa será implementada por um consórcio constituído por organizações internacionais e nacionais nomeadamente WeWorld-GVC, Instituto de Cooperação Económica Internacional (CIEI), Centro Terra Viva (CTV) e Conselho Nacional de Voluntariado (CNV).
O projectos conta com o co- financiamento da União Europeia (EU) em cerca de 75% sendo que 25% será coberto pelo próprio consórcio, e visa desenvolver a consciência dos jovens, organizações da sociedade civil autoridade e chamar responsabilidade sobre a importância de agirem como agentes de mudanças e como melhorar em conjunto na gestão dos recursos naturais.
Riccardo Rossi representante da (EU), reiterou a sua satisfação pelo facto da instituição que representa participar de uma iniciativa que carrega uma grande responsabilidade para mudança de comportamento face às mudanças climáticas e disse que mais iniciativas deste género poderão ser apoiadas pela EU.
Por sua vez, Dinis Mandevane, em representação do CTV, a quem coube a responsabilidade de apresentar a iniciativa, referiu que a mesma visa responder aos desafios impostos pelas mudanças climáticas, e aos problemas ambientais a nível nacional através da consolidação de uma governação e da sensibilização da população para a criação de uma consciência ambiental comum, por outro lado, e garantir que as populações possam ser resilientes às mudanças climáticas, por outro.
O orador mencionou ainda que o consórcio considera a educação ambiental como sendo claramente necessária, especialmente para pessoas que têm menos oportunidades e recursos financeiros, as quais vivem em locais onde há limitações do acesso à informação.
Em termos de intervenção, o consórcio prevê o mapeamento de locais participativos e autodiagnóstico de OSCs que trabalham na área ambiental afim de se beneficiarem de capacitação em gestão interna e técnica de modo actuarem melhor na área ambiental, assistência financeira associada á implementação de iniciativas que possam promover a gestão sustentável de recursos naturais para reduzir a vulnerabilidade das comunidades. Ainda no conjunto de iniciativas apresentadas consta o lobying com os sectores governamentais que lidam com a matéria climática de modo a promover a participação da sociedade civil em processos de definição de estratégias de actuação e politicas ambientais.
Outro ganho que poderá advir da implementação do clima de mudança é a produção de um manual para uso nas escolas e o engajamento do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano na inclusão de questões ambientais no currículo nacional.
A anteceder a apresentação do projeco houve notas de boas vindas feitas pela Daniela de Abreu em representação da Directora do Museu de História Natural, tendo referido que o espaço está sempre aberto para colher eventos de género ao que ficam felizes por participarem do lançamento de um projecto investido de suma importância.
Após o lançamento do evento, apreciou-se a exposição fotográfica “Africa Blues Moçambique em 2100” que ilustra a situação calamitosa que o país poderá enfrentar em 2100 se não forem tomadas as medidas apropriadas sobre as mudanças climáticas. A mostra estará disponível por dez dias no Museu de História Natural, esperando que contribua para a consciencialização dos visitantes.
No evento, participam os representantes de diferentes instituições de Governo, sociedade civil e académicos com interesse na área ambiental e os parceiros de implementação e de financiamento que trouxeram contribuições valiosas para o sucesso da iniciativa tendo sublinhado a necessidade de apostar em iniciativas de geração de renda para jovens das comunidades para motivar o seu envolvimento.
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