Assinala-se hoje, 05 de junho, o dia mundial do ambiente, uma data instituida pela Organização das Nacões Unidas (ONU) em 1972 com o objectivo de fomentar acções de conservação do meio ambiente e protecção dos recursos naturais.
Em Moçambique a efeméride é marcada pela realização de diversas actividades que incluem conferências e sessões de reflexão sobre o ambiente, reconhecimento de jornalistas que produzem trabalhos ambientais relevantes, limpezas de espaços e recolha de resídios sólidos, plantações de árvores, exposições e inaugurações de infraestruturas ligadas a governação da terra por entidades governamentais como o Ministério da Terra e Ambiente (MTA) e várias Organizações da Sociedade Civil (OSC’s).
Numa das sessões de reflexão realizada na UEM, Isac Jalilo, Director Nacional do Ambiente, do Ministério da Terra e Ambiente, afirmou que o país é assolado pela seca afectando cerca de 56 distritos que perfazem cerca de 36 por cento do território nacional tornando estas áreas áridas. De acordo com o orador, citando um relatório da convenção quadro das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas, o ano de 2023 foi o ano com temperaturas elevadas de todos os tempos. e por isso apelou para a intervenção de cada um dos moçambicanos para rever o cenário actual. A colocação foi feita no contexto da reflexão sobre estratégias para acelerar a restauração e resiliência da terra num contexto de mudanças climáticas, realizada sobre o lema juntos somos a geração da restauração.
O Centro Terra Viva (CTV) como nos anos anteriores, juntou-se as comemorações do dia mundial do ambiente participando em sessões de reflexão com exposição daquilo que constitui o seu material de trabalho e acções que tem vindo a realizar no país em prol da protecção do meio ambiente na Universidade Eduardo Mondlane (UEM). O material exibido consistiu em diversos livros, discos e relatórios que mostram o que a instituição vem fazendo na área de advocacia ambiental no país.
Esta exposição serviu igualmente como um mecanismo de trocas de experiência do CTV com outros actores interessadas sobre a causa ambiental com vista a tornar o meio ambiente sã num contexto em que Moçambique é actualmente um dos países mais afectados pelos impactos das mudanças climáticas em todo planeta.
A pergunta continua ser a mesma "Que tipo de desenvolvimento queremos como moçambicanos?" Um desenvolvimento onde toda e qualquer acção depende do impacto que ela pode causar ao meio ambiente? Onde a qualidade do meio ambiente está acima de tudo? ou um desenvolvimento onde os tomadores de decisão os mesmos que dizem que o povo não come meio ambiente?